CHAMADA: DOSSIÊ #64

CHAMADA: DOSSIÊ #64

PEQUENA MEMÓRIA PARA UM TEMPO SEM MEMÓRIA A Revista Zero à Esquerda abre a chamada de artigos, ensaios, produções literárias, resenhas e notas para o dossiê 64# “Pequena memória para um tempo sem memória”.Na contramão da tradição de esquecer o passado propagada pelas instituições deste país, entendemos que se faz necessário e urgente trazer a…

Documentos em vez de narrativas: sobre “Um Stálin desconhecido” – Marcos Barreira
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Documentos em vez de narrativas: sobre “Um Stálin desconhecido” – Marcos Barreira

A literatura das duas últimas décadas sobre Stálin é fortemente marcada por disputas narrativas. Ainda nos anos 1990, Ludo Martens falou em um “novo olhar” sobre a URSS stalinista que, no entanto, era estranhamente similar à versão comunista oficial dos anos 1930. Avançando na desconstrução da “lenda negra” de Stálin no Ocidente, D. Losurdo transformou…

Também Marcuse um adulador? – Pier Paolo Pasolini

Também Marcuse um adulador? – Pier Paolo Pasolini

* [1] Esta nota é pretexto. Examino o Marcuse… manipulado pela entrevista, não o verdadeiro. Sei – a partir de uma entrevista do “Paese Sera” que Marcuse teria definido os jovens estudantes como “os verdadeiros heróis do nosso tempo” (a palavra “heróis” é usada em sentido positivo, e não, por exemplo, como poderia ser usada…

Filosofia, diálogo e formação: um ensaio a Bento e Paulo sobre uma filosofia brasileira – João Pedro da Silva
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Filosofia, diálogo e formação: um ensaio a Bento e Paulo sobre uma filosofia brasileira – João Pedro da Silva

Este ensaio propõe tratar da possibilidade sobre uma filosofia brasileira a partir das obras O problema da filosofia no Brasil e Um departamento francês de ultramar, de Bento Prado Jr. e Paulo Arantes. A proposta é “jogar” com as ideias sobre a formação de uma cultura filosófica apresentadas nos textos destes dois autores, desde a
tese de que não há filosofia nacional independente até de que fora o próprio Bento que “fundou” a filosofia no Brasil na forma do ensaio filosófico uspiano. De maneira zelosa e irônica, o texto mais tenta refletir sobre em que moldes pode-se falar de tal tema do que a busca em si por uma brasilidade filosófica.

Um Caleidoscópio sobre Kafka: do centenário de sua morte —Leonardo Silvério
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Um Caleidoscópio sobre Kafka: do centenário de sua morte —Leonardo Silvério

Ao longo deste século de Kafka , pudemos conhecer diversas de suas facetas: todas como momentos de verdade sobre o autor, mas nenhuma delas capaz de encerrá-lo – o que nos evidencia sua capacidade em continuar a nos provocar questões que continuam a nos impelir a tentar respondê-las. Como diz Benjamin: “a única correlação racional entre criador e obra está no testemunho que esta presta sobre o criador”.

Entrevista de Moishe Postone: a atualidade da Teoria Crítica
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Entrevista de Moishe Postone: a atualidade da Teoria Crítica

OUTROS TEMPOS EXIGEM OUTROS CONCEITOS Jochen Baumann conversa com Moishe Postone sobre a atualidade da Teoria Crítica[1]Essa entrevista foi publicada em 1999. Em 2003 e 2007 apareceram, respectivamente, os textos “O Holocausto e a trajetória do século XX” e “Considerações sobre a história judaica como … Continue reading Jochen Baumann: O que você entende por marxismo…

Libertando o pensamento dos pensadores – Gabriel Tupinambá
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Libertando o pensamento dos pensadores – Gabriel Tupinambá

Ideias.. Ideias, preciso confessar, me interessam mais que homens – me interessam mais que tudo. Elas vivem, lutam, e morrem, como homens. É claro que podemos dizer que só as conhecemos através dos homens, assim como só conhecemos o vento através dos galhos que ele dobra – mas ainda assim o vento é mais importante…

O desejo de riqueza do subproletariado romano —Pier Paolo Pasolini
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O desejo de riqueza do subproletariado romano —Pier Paolo Pasolini

Eu os observo, esses homens, educadospara uma vida diferente da minha: frutosde uma história outra, e encontradosquase irmãos, aqui, na última formahistórica de Roma. Eu os observo: todostêm um ar de vaqueiro adormecidoarmado com uma faca; e seus fluidosvitais são de uma escuridão profunda,como a icterícia papal de Belli,não púrpura, mas um cinzento opaco,de vômito…

Encontro com o 25 de abril, 50 anos depois — Ricardo Menezes
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Encontro com o 25 de abril, 50 anos depois — Ricardo Menezes

Por um euro se compram os cravos nas esquinas. Senhoras pequenininhas como minha vó, torrando ao sol da primavera — que vem já desacreditada depois de um inverno imenso. Por um euro se compram os cravos para enfeitar a lapela ou os cabelos naquilo que já é um símbolo e um desfile cívico. Os ex-combatentes,…