22 de junho, 2022
"Os homens são dominados em rede por uma mitologia da eficiência e, fascinados pelos automatismos que produziram e que, por sua vez, os produzem. Tudo o que resta então, é esperar sem esperança, aguardar sem justificativa o dia indeterminado no qual a humanidade se despertará de seu sono hipnótico. Resta dizer que o pior não é sempre certo e que o confinamento definitivo na razão mistificada é uma utopia negativa que há poucas hipóteses de nunca se realizar totalmente. É sem dúvidas o que autoriza o discurso adorniano a se refugiar no presente em uma filosofia da história como regressão, mas a chamar para uma inesperada autocrítica da razão. Para a teoria das ideologias abandona o domínio da sociologia para entrar no da dialética negativa e talvez no da teologia negativa, ou seja, de uma reflexão sobre o caráter inaceitável do sofrimento humano."