1.  Sobre a linguagem petit-nègre, ver: FANON, F. “O negro e a linguagem” IN: Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Sebastião Nascimento e colaboração de Raquel Camargo. São Paulo: Ubu Editora, 2020. Ver também: BARROS, D. Pequeno glossário fanoniano. Revista Cult, 2021, disponível em: < https://revistacult.uol.com.br/home/pequeno-glossario-fanoniano/ >: “Para Fanon, a perversão do petit-nègre reside no fato de que presume de saída não só um lugar coloquial e ‘semi-bárbaro’ ao negro, como ainda, o infantiliza. […] A despeito das intenções, o que está em questão, quando se parte do pressuposto de um modo de falar e gesticular próprio ao negro, é a sua prisão ao complexo de inferioridade e aos limites segundo os quais o negro jamais poderá alcançar a polidez da língua ou um gosto estético. Dá-se um suposto complexo inato ao indivíduo negro que o determina e o aprisiona em pressupostos coloniais”.  ↩︎
  2. O que poderíamos chamar de “eterna viração de cada dia” (ver: Um grupo de militantes na neblina. Incêndio: trabalho e revolta no fim de linha brasileiro. São Paulo: Contrabando editorial, 2022, p.73) ou de “corre” (ver BARROS, Douglas. “Para uma teoria do ‘corre’: vagas arrombadas e vidas precárias”. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2024/12/07/para-uma-teoria-do-corre-vagas-arrombadas-e-vida-precaria/). Para entender as bases desse “show de horrores” neste “novo tempo do mundo”, ver: VIANA Silvia. Rituais de sofrimento. – São Paulo: Boitempo, 2012, bem como ARANTES, Paulo Eduardo. O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. – 1. ed. – São Paulo: Boitempo, 2014). ↩︎
  3.  Sobre os oxímoros do progressismo neoliberal, ver SANTOS, Fabio Luis Barbosa dos & FELDMANN, Daniel. O médico e o monstro: uma leitura do progressismo latino-americano e seus opostos. São Paulo: Elefante, 2021. ↩︎

Leonardo Silvério

Tradutor, artista, ensaísta e mestrando em Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) na área de Estétca e Filosofia da Arte. Mais um zero à esquerda.

Wesley Sousa

É doutorando em Filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais (MG).

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