Juçara Marçal, para onde? — Vitor Morais
Foto Reprodução
Textos autorais publicados por meio da Zero à Esquerda.
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Este ensaio se debruça sobre a atual desproporção de forças entre a reprodução do capital e o sujeito revolucionário. Há uma nítida insuficiência na esquerda para transformar os possíveis. A atomização do trabalho, a sofisticação da indústria cultural e o avanço das tecnologias de repressão, em suma, apontam para as explicações objetivas dessa situação. No entanto, o que mais nos interessa aqui é a condição subjetiva: quais modelos de sujeito utilizamos para traçar os problemas da dimensão das condutas? E como esse sujeito pode ser afetado e afetar por meio da crítica? Enfim, se a ética foi a tentativa de objetivar o mundo da “liberdade”, é porque se assentou o modelo moderno de sujeito, dotado de uma consciência transcendental indivisível. Uma ética de esquerda, que se pretende revolucionária, deverá revisar esse modelo individual para aumentar suas chances de transformar condutas, escapando da simples “elevação de consciência”.
Nesses 100 anos da morte de Lênin que se completam em 21 de Janeiro de 2024, quais são as reflexões que nos tomam? Em que medida seu legado nos alcança e a que medidas ele ainda nos impele com sua atualidade? Qual é a circunstância da melancolia de esquerda neste quadro?
Aula pública com Marilena Chauí ocorrida no dia 18/10/2023 durante a greve da USP. Uma das principais reivindicações da greve foi a contratação de professores. As conquistas foram parciais. Marilena vê a greve como vitoriosa. Mas a luta continua… Fotos de Leonardo Silvério
A explicação mais comum para o “milagre chinês” das últimas décadas enfatiza a abertura econômica conduzida pelo Estado como a chave para que o país se tornasse uma potência industrial mundial. Isabella M. Weber radicaliza essa interpretação, abordando uma dimensão dificilmente reconhecida quando se trata da história do “socialismo real”: seu argumento é que o…
Na última década do domínio colonial francês no Congo, os jovens de Kinshasa estavam fundando clubes dedicados à moda. Um dos mais lembrados desse período chamava-se Les existos, abreviação de les existentialistes, uma homenagem dos estudantes que retornavam de suas estadias em Paris à escola filosófica de Sartre. Esses clubes eram uma mistura de associações de ajuda…
Trata-se de uma conversa ocorrida em 1970 entre Marcuse e o escritor alemão Hans Magnus Enzensberger. Sendo essa a última publicação de Marcuse em alemão, lançada no mesmo ano. [N. T.] Enzensberger: Na Europa temos a impressão de que a situação política nos Estados Unidos vem se intensificando consideravelmente e de que nos últimos anos…
“(…) para nossos propósitos, pouco importa que pensamentos estranhos ocorram para as pessoas na Albânia ou em Burkina Faso, pois estamos interessados no que poderíamos, em certo sentido, chamar de herança ideológica comum da humanidade” The End of History? Francis Fukuyama. Em sua análise da obra Minha vida de Menina,[1]Schwarz, Roberto. Outra Capitu. In…
Esta publicação pretende dar notícia e documentar algumas dessas lives que nos são disponíveis na internet a fora.
Em uma sala de aula subterrânea, um professor, a algumas décadas de distância no futuro, leciona em inglês para seus pequenos aprendizes. Traduzo o episódio apenas para a comodidade de leitores e leitoras brasileiros atuais. Este narrador deve desculpar-se igualmente pela intraduzibilidade das mais sutis nuances, e dada a distância contextual deste documento, que assim…