Feixes de luz e a espera na mansidão – Leonardo Silvério
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Feixes de luz e a espera na mansidão – Leonardo Silvério

Ensaio presente no livreto sobre a exposição de fotografia “Luz do Fim”, sobre a obra de Ricardo Menezes, exposta entre Maio e Junho de 2025 na Livraria Trama, Porto-PT. “O observador sente a necessidade irresistível de procurar nessa imagem a pequena centelha do acaso, do aqui e agora, com a qual a realidade chamuscou a…

O Nobre: contribuição para o seu estudo – Antonio Candido
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O Nobre: contribuição para o seu estudo – Antonio Candido

…ninguém ignora que a riqueza em todo o mundo costumou ser o esteio da nobreza Frei Gaspar da Madre de Deus A ideia de nobreza desempenhou e desempenha um papel de maior importância na consciência do Ocidente. As noções de superioridade e de excelência estão, por mais de um aspecto, profundamente ligadas à representação de…

Lembrar Gaza: dois anos no tempo suspenso da catástrofe — Ariane Velasco e Gabriel Teles
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Lembrar Gaza: dois anos no tempo suspenso da catástrofe — Ariane Velasco e Gabriel Teles

Há datas que se impõem ao tempo como feridas. O 7 de outubro é uma delas. Não apenas por inaugurar mais um ciclo de destruição em Gaza, mas por revelar, com clareza insuportável, aquilo que há muito já se desenhava: o colapso moral e político de uma era que ainda ousa chamar-se civilização. A história recente parece condensar-se nesse ponto — o instante em que a promessa de humanidade se desfez em poeira, sob o ruído das bombas e o silêncio cúmplice do mundo.

Brasil 500 D.C. – Poesia ao sol do meio-dia
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Brasil 500 D.C. – Poesia ao sol do meio-dia

Escrevendo recentemente (aqui mesmo, na Folha)1 sobre a poesia de Rubens Rodrigues Torres Filho, tentei circunscrever sua originalidade no ponto em que se cruzam as linhas de diferentes oposições: humor e ironia, entendimento e imaginação, racionalismo e romantismo. Mas, também, em que se cruzam, em tensão a tradição europeia (principalmente alemã) e a tradição brasileira…

Um modo mágico de invocar a marcha da história – Marilena Chauí
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Um modo mágico de invocar a marcha da história – Marilena Chauí

No início da década de 60, as preocupações com o universo político e social inauguraram no Brasil a música de protesto. Embora seus autores tenham se deixado atropelar pelo próprio ímpeto e o ideal revolucionário que os movia não se tenha concretizado, ela ficou.1 Entre os anos de 1961 e 1962, a União Nacional dos…

Notícia da atual literatura brasileira – Instinto de nacionalidade – Machado de Assis
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Notícia da atual literatura brasileira – Instinto de nacionalidade – Machado de Assis

Texto-Fonte:Obra Completa de Machado de Assis,Rio de Janeiro: Nova Aguilar, vol. III, 1994.Publicado originalmente em O Novo Mundo, 24/03/1873. Os textos em destaque foram feitos por nós da Revista Zero à Esquerda. Quem examina a atual literatura brasileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo instinto de nacionalidade. Poesia, romance, todas as formas literárias do pensamento…

O PROBLEMA DA FILOSOFIA NO BRASIL – Bento Prado Jr.
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O PROBLEMA DA FILOSOFIA NO BRASIL – Bento Prado Jr.

I Falar sobre a filosofia no Brasil1 é tarefa particularmente embaraçosa. Poderíamos definir esta dificuldade em termos aristotélicos: como saber o que é uma coisa, se não sabermos ao certo se ela é? A esta dificuldade fundamental soma-se outra, mais geral, relativa ao próprio sentido da noção de filosofia nacional: não está, nesta noção, essencialmente,…

Afinal, o que é identitarismo? – resenha do livro de Douglas Barros
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Afinal, o que é identitarismo? – resenha do livro de Douglas Barros

Publicado em novembro de 2024 pela editora Boitempo, O que é identitarismo?, de Douglas Barros, apresenta uma leitura conceitual daquilo que é chamado de “identitarismo”. Através do prisma da “identidade” e suas expressões na experiência histórica do modo de produção capitalista, há o enfoque em sua figura atual do neoliberalismo. O livro propõe uma revisão…