Próxima parada: destituição — lundimatin
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Próxima parada: destituição — lundimatin

Algo que vem causando muita, muita dor de cabeça em quem se presta a analisar o movimento dos Coletes Amarelos é a estranha unidade e coesão que este possui, mesmo não tendo sido fruto de grandes organizações e sim da reunião de diversas iniciativas locais. Neste texto que traduzimos, o sociólogo francês Samuel Hayat oferece uma possível explicação para isso: a defesa, pela ampla maioria dos membros do movimento, de pautas que nascem de uma “economia moral”, termo criado por E. P. Thompson para descrever uma maneira (conservadora) de abordar as relações econômicas muito comum nos movimentos e revoltas do século XVIII.

Como Mao avaliaria os Gilets Jaunes? — Slavoj Žižek
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Como Mao avaliaria os Gilets Jaunes? — Slavoj Žižek

Neate texto, Žižek resgata os conceitos maoistas de contradição primária e secundária para abordar aquilo que, ao seu ver, é uma falha do movimento dos Coletes Amarelos, ao mesmo tempo em que apresenta um caminho para solucionar esta fraqueza.

“Os Coletes Amarelos não são de direita nem de esquerda. É tudo contra Macron” — Antonio Negri
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“Os Coletes Amarelos não são de direita nem de esquerda. É tudo contra Macron” — Antonio Negri

“Entre outras coisas, isto não é 68, este sim algo que foi típico do século XX. Não é de direita nem de esquerda: é contra Macron, que destruiu os corpos intermediários e agora se encontra sem possibilidade de mediação e sem a mínima chance de fazer um apelo gaullista. É um problema gravíssimo, um desastre que deveria pôr em questão quem concebe o populismo de centro…”

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Acheronta Movebo — Slavoj Žižek

“Se não posso vencer os céus, moverei o Inferno.”

Neste ensaio, Žižek disserta sobre as bases materiais (e inconscientes) que sustentam as instituições e as diversas perversidades cometidas por estas; e, retomando uma peculiar tática leninista-trotskista empreendida na Revolução Russa (e esquecida pela esquerda), afirma a necessidade de uma tomada revolucionária da rede digital, uma das “regiões obscuras da realidade” que regem nosso cotidiano, para assim derrubar o Estado e o capitalismo.

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Sobre as mulheres como classe: feminismo materialista e luta de massas — Alyson Escalante

A relação entre gênero e capital é complexa – mas uma abordagem materialista quanto a ambos requer de nós enxergar a categoria gênero simultaneamente como uma contradição de classes entre homens e mulheres e como um efeito de um conflito mais primordial: aquele entre proletariado e burguesia. Alyson Escalante reafirma neste ensaio tanto esta perspectiva como também um reconhecimento da centralidade da revolução proletária para a libertação das mulheres.

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ANÚNCIO: Série 1 — “Gilets Jaunes”

Hoje (15/12/2018), mais um protesto dos Gilets Jaunes [Coletes Amarelos] pôs a França em chamas. E é também hoje que iniciamos nossa primeira série de traduções temáticas, focada nesse movimento que vem trazendo velhos fantasmas e novas esperanças. Postaremos, a cada sábado, material traduzido diretamente de figuras e movimentos da esquerda francesa, e esperamos trazer…

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Para acabar com nossa crise política global, a esquerda precisa aprender com Donald Trump — Slavoj Žižek

“O 1, o novo espaço comum, que a esquerda deve oferecer é simplesmente a maior conquista político-econômica da Europa moderna: o welfare state social-democrata. […] Estaríamos então apenas retornando ao antigo? Não: o paradoxo é que, na nova situação de hoje, insistir no velho welfare state Social-Democrata é um ato quase revolucionário”.