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O Fausto do século XX – Modesto Carone
À memória de Marilene Carone, tradutora de Freud Apesar do tamanho considerável, “O Castelo”, de Franz Kafka, chegou a nós como fragmento. As 495 páginas da edição crítica alemã terminam bruscamente no meio de uma frase. Saber por que isso acontece é um dos enigmas que se acrescentam aos da própria obra, sem dizer que…

Luta e greve na Espanha
Estando a algum grau impactados ao observar o espetáculo democrático europeu dos últimos dias, seria interessante acompanhar também os últimos desenvolvimentos de ao menos uma das lutas dos trabalhadores(as) que ocorrem intensamente na Europa e sua relação com seus Estados – e com o capital. Para isso, traduzo abaixo o que escreveu a revista Resistance…

O desejo de riqueza do subproletariado romano – Pier Paolo Pasolini
Eu os observo, esses homens, educadospara uma vida diferente da minha: frutosde uma história outra, e encontradosquase irmãos, aqui, na última formahistórica de Roma. Eu os observo: todostêm um ar de vaqueiro adormecidoarmado com uma faca; e seus fluidosvitais são de uma escuridão profunda,como a icterícia papal de Belli,não púrpura, mas um cinzento opaco,de vômito…

MARIGHELLA: a memória de um Brasil que perdura — Jade Amorim
Em cada morro uma história diferenteQue a política mata gente inocenteE quem era inocente hoje já virou bandidoPra poder comer um pedaço de pão todo fodido.Banditismo por pura maldadeBanditismo por necessidade Chico Science É espantosa (ou não) a maneira como o filme Marighella foi recepcionado pela crítica alemã, o que põe em xeque a falta…

As contradições políticas na Teoria Crítica de Adorno — Hans-Jürgen Krahl
Introdução Patrick Murray Quem foi Hans-Jürgen Krahl? Como indica o capítulo de abertura de seu livro, Konstitution und Klassenkampf [Constituição e Luta de Classes], ele foi um estudante do sudeste da Alemanha cuja vida coincidiu, em grande parte, com aquela de toda a Nova Esquerda alemã. Nascido em um contexto social retrógrado, quase feudal,…

O mundo administrado ou: a crise do indivíduo – Theodor W. Adorno & Max Horkheimer
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