Em setembro de 2023 um movimento de boicotes ao recrutamento militar teve lugar em Israel. Cerca de 230 estudantes se negaram ao recrutamento militar em razão do genocídio empreendido pelo estado de Israel. Neste mês de janeiro (2024), um dos militantes do movimento “Juventude contra a ditadura” foi preso. Traduzimos um trecho da carta de reinvindicação do movimento.
Juventude contra a ditadura – verão de 2023
Nós, jovens que enfrentam o recrutamento, dizemos não à ditadura – ambas em Israel e nos
territórios ocupados na Palestina, e anunciamos que não nos alistaremos a menos que a
democracia seja garantida para todos, para qualquer um que viva nas leis de Israel. Mesmo depois de
6 meses lutando pela democracia real, o governo continua seu plano destrutivo. Nós tememos
pelo o nosso futuro e pelo futuro de todos que vivem aqui.
Nós decidimos que à luz da situação – devemos tomar medidas mais radicais – e recusamos.
Um governo que destrói o sistema de justiça é um governo que nós não concordamos em
servir. Um exército que conquista outro povo é um exército que não vamos ajudar a compor suas
fileiras. O golpe judicial já causou enormes danos a sociedade israelita e ao povo palestino. A
ditadura que existe por décadas no território é agora infiltrada em Israel e dirigida contra nós.
A violência colonial agora governa todo o país. Esta tendência não começou agora – é
inerente ao regime de ocupação e supremacia Judaica.
As máscaras estão simplesmente caindo.
Diante dessa realidade, nós dissemos não!
Guaraci Soares.
Granduando em História pela UNIFESP, tradutor e membro da Zero à esquerda
Felipe Aiello
Professor, tradutor, mestrando em filosofia pela UNIFESP e um zero à esquerda.
