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Apocalipse e História: a Filosofia da História revisitada – J Francisco Saraiva de Sousa
A imagem de capa corresponde à uma fotografia de uma demolição próxima a Sé do Porto em Portugal. “A ‘vocação’ do século XIX para o estudo da história e para a absoluta necessidade vital desse estudo tem o seu ano de nascimento na revolução francesa. A “história” é experimentada desde então como crise em permanência ou como…

O zigue-zague da Lira e o drible do Coiso: sobre “Rainha Lira”, de Roberto Schwarz
“Queima / Deixa arder / Virar cinza / Fumaça /A praça derreteu / A noite não findou / O temporal mal começou /[…] Os moribundos dançam / As moscas já nos cobrem /Ninguém pode parar / Nem fé, amor ou sorte /Vamos explodir”(Kiko Dinucci, “Rastilho”)“Perguntado / Sobre o que aconteceu /O velho respondeu / O…

Exceptis: os campos de concentração das ruínas do capitalismo — André Luiz B. Silva
Mas, enquanto o capitalismo não chegar ao fim, também Auschwitz não poderá se tornar realmente história. Robert Kurz Não há nenhuma história universal que conduza do selvagem à humanidade, mas há certamente uma que conduz da atiradeira até a bomba atômica. Theodor W. Adorno À primeira vista pode parecer um exagero denominar qualquer situação contemporânea…

MARIGHELLA: a memória de um Brasil que perdura — Jade Amorim
Em cada morro uma história diferenteQue a política mata gente inocenteE quem era inocente hoje já virou bandidoPra poder comer um pedaço de pão todo fodido.Banditismo por pura maldadeBanditismo por necessidade Chico Science É espantosa (ou não) a maneira como o filme Marighella foi recepcionado pela crítica alemã, o que põe em xeque a falta…

De quem é a culpa? Entre o caos da saúde pública e o capitalismo do desastre – Felipe Gomes Mano
No dia 27 de abril de 2021 foram veiculadas várias notícias expondo falas do ministro da economia, Paulo Guedes, em reunião do Conselho de Saúde, na qual foi tratado o delicado tema da gestão da saúde pública no Brasil durante a pandemia. Segundo o ministro, “todo mundo quer viver cem anos, cento e vinte, cento…

Brasil 500 D.C. – Poesia ao sol do meio-dia
Escrevendo recentemente (aqui mesmo, na Folha)1 sobre a poesia de Rubens Rodrigues Torres Filho, tentei circunscrever sua originalidade no ponto em que se cruzam as linhas de diferentes oposições: humor e ironia, entendimento e imaginação, racionalismo e romantismo. Mas, também, em que se cruzam, em tensão a tradição europeia (principalmente alemã) e a tradição brasileira…