A América é um experimento social fracassado — Cornel West
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A América é um experimento social fracassado — Cornel West

Manifestante carrega a bandeira dos Estados Unidos virada para baixo nas manifestaçõescontra o assassinato de George Floyd. “Eu penso que nós estamos testemunhando a América como um experimento social que fracassou”, disse West. “O que eu quero dizer com isso é que, as pessoas negras têm  visto por quase 200 e tantos anos o fracasso…

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Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before: um estudo sobre a política e estética da miséria inglesa — Owen Hatherley

Owen Hatherley reflete sobre as divisões geracionais que emergiram ao longo das duas últimas eleições britânicas ao traçar a evolução musical do grupo The Smiths. Comparando a trajetória política de Morrissey a de muitos eleitores do norte da Inglaterra, Hatherley investiga as raízes da transição ocorrida na região de um coletivismo anti-tatcherista à uma reação…

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O desastre perfeito: o coronavírus como doutrina do choque — Naomi Klein

A jornalista Naomi Klein, autora de livros como Sem logo e A doutrina do choque, analisa nesta entrevista com a Vice as especulações em torno da pandemia, o papel dos Estados Unidos e como sair da emergência diária para pensar mais próximo da vida: “O que um momento de crise como este revela é a…

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Coronavírus e malthusianismo: Políticas de disputas nos tempos de pandemias — Sandro Mezzadra

A Pandemia de Coronavírus mostrou a fragilidade de nossa ordem econômica e política corrente. Encarando isso, governos ao redor do mundo insistem em uma forma de “Malthusianismo”, sem falar nos conservadores alinhados a Boris Johnson. Mas, como Sandro Mezzadra argumenta, isso também pode oferecer novos espaços para solidariedade: Uma espera prolongada na farmácia, uma longa…

Monitorar e punir? Sim, por favor! — Slavoj Žižek
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Monitorar e punir? Sim, por favor! — Slavoj Žižek

  Muitos comentaristas liberais e esquerdistas observaram como a epidemia do coronavírus tem servido para justificar e legitimar medidas de controle e regulamentação das pessoas, medidas que, até agora, eram impensáveis ​​em uma sociedade democrática ocidental. O bloqueio total da Itália não é o “sonho erótico” do totalitarismo? Não é de se admirar que (pelo…

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Não necessitamos de permissão para lutar pela vida. As mulheres zapatistas se unem para a greve nacional do dia 9 de março — ELZN

  Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) Não necessitamos de permissão para lutar pela vida. As mulheres zapatistas se unem para a greve nacional do dia 9 de março. [1]   México. 1 de Março de 2020. Às Mulheres que lutam no México e no Mundo. De: As mulheres indígenas zapatistas do EZLN. Companheira e…

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Estados socialistas são mais democráticos que Estados capitalistas — Shikha Patnaik

Nesta continuação de “O direito de votar em eleições não é sinal suficiente de democracia”, Shikha Patnaik mostra que regimes socialistas são, nos piores casos, tão democráticos quanto países capitalistas, e nos melhores, mais livres que as democracias liberais.

A aventura da filosofia francesa — Alain Badiou
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A aventura da filosofia francesa — Alain Badiou

Alain Badiou analisa neste ensaio a filosofia francesa contemporânea, buscando encontrar quais eram os traços peculiares e especiais deste momento da História da Filosofia que vai de Sartre até os últimos escritos de Deleuze.

Badiou elenca 6 elementos que, para ele, definiram tal “aventura filosófica”: instaurar uma nova relação entre conceito e existência; inscrever a filosofia na modernidade e levá-la para fora da academia, pondo-a em circulação no cotidiano; abandonar a oposição entre filosofia do conhecimento e da ação; inventar o que Badiou chama de “filosofia militante”; engajar-se num diálogo com a psicanálise; reinventar a figura do filósofo-escritor.

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Da relação entre a psicanálise e a política emancipatória – Castoriadis, Marx e Freud sobre tempo e emancipação — Amanda Armstrong

Neste artigo, Amanda traça um paralelo quanto à questão do tempo em Marx e Freud. A ascensão do comunismo como um “ponto de corte” no tempo sob o capitalismo, que acumula a história alienadamente, é curiosamente similar ao que almeja a terapêutica freudiana: desvelar um passado que é alienado do indivíduo (seu inconsciente) e que domina seu presente, para que, armado dessa sua história individual, possa avançar em direção ao futuro.

A essência da emancipação seria, portanto, uma mudança temporal, e não meramente espacial: não bastaria simplesmente dominar uma terra e tentar emancipar seu povo; é necessário usar o próprio presente do capitalismo, no qual a história existe não como passado, mas como um “presente eterno” (o que reforça os paralelos entre o capital marxiano e a pulsão de morte freudiana), para desalienar a história social, permitindo um salto em direção ao futuro.