Algo que vem causando muita, muita dor de cabeça em quem se presta a analisar o movimento dos Coletes Amarelos é a estranha unidade e coesão que este possui, mesmo não tendo sido fruto de grandes organizações e sim da reunião de diversas iniciativas locais. Neste texto que traduzimos, o sociólogo francês Samuel Hayat oferece uma possível explicação para isso: a defesa, pela ampla maioria dos membros do movimento, de pautas que nascem de uma “economia moral”, termo criado por E. P. Thompson para descrever uma maneira (conservadora) de abordar as relações econômicas muito comum nos movimentos e revoltas do século XVIII.