Monitorar e punir? Sim, por favor! — Slavoj Žižek
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Monitorar e punir? Sim, por favor! — Slavoj Žižek

  Muitos comentaristas liberais e esquerdistas observaram como a epidemia do coronavírus tem servido para justificar e legitimar medidas de controle e regulamentação das pessoas, medidas que, até agora, eram impensáveis ​​em uma sociedade democrática ocidental. O bloqueio total da Itália não é o “sonho erótico” do totalitarismo? Não é de se admirar que (pelo…

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Não necessitamos de permissão para lutar pela vida. As mulheres zapatistas se unem para a greve nacional do dia 9 de março — ELZN

  Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) Não necessitamos de permissão para lutar pela vida. As mulheres zapatistas se unem para a greve nacional do dia 9 de março. [1]   México. 1 de Março de 2020. Às Mulheres que lutam no México e no Mundo. De: As mulheres indígenas zapatistas do EZLN. Companheira e…

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Estados socialistas são mais democráticos que Estados capitalistas — Shikha Patnaik

Nesta continuação de “O direito de votar em eleições não é sinal suficiente de democracia”, Shikha Patnaik mostra que regimes socialistas são, nos piores casos, tão democráticos quanto países capitalistas, e nos melhores, mais livres que as democracias liberais.

A aventura da filosofia francesa — Alain Badiou
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A aventura da filosofia francesa — Alain Badiou

Alain Badiou analisa neste ensaio a filosofia francesa contemporânea, buscando encontrar quais eram os traços peculiares e especiais deste momento da História da Filosofia que vai de Sartre até os últimos escritos de Deleuze.

Badiou elenca 6 elementos que, para ele, definiram tal “aventura filosófica”: instaurar uma nova relação entre conceito e existência; inscrever a filosofia na modernidade e levá-la para fora da academia, pondo-a em circulação no cotidiano; abandonar a oposição entre filosofia do conhecimento e da ação; inventar o que Badiou chama de “filosofia militante”; engajar-se num diálogo com a psicanálise; reinventar a figura do filósofo-escritor.

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Da relação entre a psicanálise e a política emancipatória – Castoriadis, Marx e Freud sobre tempo e emancipação — Amanda Armstrong

Neste artigo, Amanda traça um paralelo quanto à questão do tempo em Marx e Freud. A ascensão do comunismo como um “ponto de corte” no tempo sob o capitalismo, que acumula a história alienadamente, é curiosamente similar ao que almeja a terapêutica freudiana: desvelar um passado que é alienado do indivíduo (seu inconsciente) e que domina seu presente, para que, armado dessa sua história individual, possa avançar em direção ao futuro.

A essência da emancipação seria, portanto, uma mudança temporal, e não meramente espacial: não bastaria simplesmente dominar uma terra e tentar emancipar seu povo; é necessário usar o próprio presente do capitalismo, no qual a história existe não como passado, mas como um “presente eterno” (o que reforça os paralelos entre o capital marxiano e a pulsão de morte freudiana), para desalienar a história social, permitindo um salto em direção ao futuro.

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O reino da liberdade e o reino da necessidade: uma reconsideração — Herbert Marcuse

Herbert Marcuse, 1969 Neste texto, Marcuse nos rememora a importância e a força dos conceitos utópicos, e utiliza uma frase dos muros de paris de 68 como exemplo: “Sejamos realistas, exijamos o impossível”. Hoje, mais do que nunca, o pensamento de Herbert Marcuse se faz necessário: a sociedade atualmente é mais unidimensional do que no…

Primeiras observações sobre o desastre brasileiro — Antonio Negri

Primeiras observações sobre o desastre brasileiro — Antonio Negri

Com a eleição de Jair Bolsonaro a presidente do Brasil, Antonio Negri reflete sobre o ressurgimento global da extrema direita, e afirma: o novo governo brasileiro resgata do fascismo histórico a fabricação de identidades, de um “grande inimigo”, e de uma memória histórica falsa; mas no plano econômico e governamental, a gestão Bolsonaro faz parte de um nova fase do capitalismo, na qual o pacto democrático-liberal começa a ruir, e a maneira criada pelas classes dominantes de manejar a crise consiste em manipular e mediar a aplicação das leis constitucionais, de modo a praticar medidas autoritárias sem alterar uma vírgula da Constituição.

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O direito de votar em eleições não é sinal suficiente de democracia — Shikha Patnaik

Basta ouvir qualquer liberal na internet por algum tempo para perceber que um de seus argumentos mais recorrentes será o de que “países capitalistas são democráticos, e Estados socialistas são ditaduras”— mas será que esta afirmação é verídica? Neste pequeno artigo, Shikha explica didaticamente o caráter ilusório da “democracia” capitalista, cuja maior evidência reside na interferência empresarial em eleições governamentais.