Primeiras observações sobre o desastre brasileiro — Antonio Negri

Primeiras observações sobre o desastre brasileiro — Antonio Negri

Com a eleição de Jair Bolsonaro a presidente do Brasil, Antonio Negri reflete sobre o ressurgimento global da extrema direita, e afirma: o novo governo brasileiro resgata do fascismo histórico a fabricação de identidades, de um “grande inimigo”, e de uma memória histórica falsa; mas no plano econômico e governamental, a gestão Bolsonaro faz parte de um nova fase do capitalismo, na qual o pacto democrático-liberal começa a ruir, e a maneira criada pelas classes dominantes de manejar a crise consiste em manipular e mediar a aplicação das leis constitucionais, de modo a praticar medidas autoritárias sem alterar uma vírgula da Constituição.

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O direito de votar em eleições não é sinal suficiente de democracia — Shikha Patnaik

Basta ouvir qualquer liberal na internet por algum tempo para perceber que um de seus argumentos mais recorrentes será o de que “países capitalistas são democráticos, e Estados socialistas são ditaduras”— mas será que esta afirmação é verídica? Neste pequeno artigo, Shikha explica didaticamente o caráter ilusório da “democracia” capitalista, cuja maior evidência reside na interferência empresarial em eleições governamentais.

Como Mao avaliaria os Gilets Jaunes? — Slavoj Žižek
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Como Mao avaliaria os Gilets Jaunes? — Slavoj Žižek

Neate texto, Žižek resgata os conceitos maoistas de contradição primária e secundária para abordar aquilo que, ao seu ver, é uma falha do movimento dos Coletes Amarelos, ao mesmo tempo em que apresenta um caminho para solucionar esta fraqueza.

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Para acabar com nossa crise política global, a esquerda precisa aprender com Donald Trump — Slavoj Žižek

“O 1, o novo espaço comum, que a esquerda deve oferecer é simplesmente a maior conquista político-econômica da Europa moderna: o welfare state social-democrata. […] Estaríamos então apenas retornando ao antigo? Não: o paradoxo é que, na nova situação de hoje, insistir no velho welfare state Social-Democrata é um ato quase revolucionário”.