A esquerda tem que dizer menos às periferias…e fazer mais
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A esquerda tem que dizer menos às periferias…e fazer mais

No já distante ano de 2009, quando eu era delegado de base do DCE da UNESP, escrevi na lousa de uma das salas de nossa ocupação, não sem certo sarcasmo: “Os marxistas já interpretaram o mundo de mil maneiras, o que importa, contudo, é mudá-lo”. A provocação se dirigia ao grosso dos militantes e professores…

Um único neurônio e seus dentritos
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Antes do desejo: por uma ética de esquerda – Nico Namo Spitale

Este ensaio se debruça sobre a atual desproporção de forças entre a reprodução do capital e o sujeito revolucionário. Há uma nítida insuficiência na esquerda para transformar os possíveis. A atomização do trabalho, a sofisticação da indústria cultural e o avanço das tecnologias de repressão, em suma, apontam para as explicações objetivas dessa situação. No entanto, o que mais nos interessa aqui é a condição subjetiva: quais modelos de sujeito utilizamos para traçar os problemas da dimensão das condutas? E como esse sujeito pode ser afetado e afetar por meio da crítica? Enfim, se a ética foi a tentativa de objetivar o mundo da “liberdade”, é porque se assentou o modelo moderno de sujeito, dotado de uma consciência transcendental indivisível. Uma ética de esquerda, que se pretende revolucionária, deverá revisar esse modelo individual para aumentar suas chances de transformar condutas, escapando da simples “elevação de consciência”.